TOP 5 - Todo mundo tem um
- Silézio Luiz
- 20 de out. de 2017
- 5 min de leitura
Em algum momento, ou em todos eles, da sua vida, especificamente da sua vida gamer, você fez uma listinha dos jogos queridinhos do seu coração. Então, essa é a minha. Saliento antes de começar, duas coisas:
Meu top 5, portanto razões que fazem com que para mim eu prefira os jogos nessa ordem ou na que eu quiser. Rsrsrs.
Gosto é diferente de qualidade. Sim amiguinho, eu posso e você também pode gostar de algo que é pobre tecnicamente, que é ruim, que é mal executado, e você pode não gostar de algo que é tecnicamente perfeito, bem executado e de qualidade ímpar. Bom ou ruim é fato, gostar ou não, vai de cada um. Não me venha com essa de ah, mas bom ou ruim é pessoal, porque se as pessoas não gostassem de coisas ruins a expressão guilty pleasure não existiria. Tendo isso em mente, bora.
Quinto

Sempre fui consumidor e apreciador de história e conteúdo militar, já quis ser piloto de caça inclusive. Então nada mais justo do que gostar muito de RTS (real time strategy/estretégia em tempo real) games. O meu primeiro jogo na categoria foi o bom e velho Command and Conquer, lançado lá em 95 e que eu experimentei lá por 97/98 do século passado, ainda como demonstração em cd de banca, e adquirido completo pouco tempo depois. Daí, passei por Age of Empires e tantos outros, inclusive todas as continuações de C&C, mas o que mais me marcou foi Red Alert 2, Hellmarch composta por Frank Klepachi e que dá o tom da ost do jogo está sempre no meu celular, a história interessante conduzida de forma fanfarrona com vídeos canastrões e a jogabilidade diversificada e divertida me marcaram muito. Cheguei a abdicar das convenções sociais obrigatórias e comemorei o natal e reveillon do ano que comprei o jogo debulhando exércitos. Precisamente na meia noite de 24 pra 25 de dezembro eu estava zerando o jogo com os soviéticos, explodindo o pentágono e na meia noite do último dia de dezembro eu estava subjugando os soviéticos usando a chronosphera, tanques de prisma e é claro, tenente Tanya. Possivelmente a franquia que mais joguei na vida e durante muito tempo era a base de decisão para o upgrade do PC.
Quarto

Meu segundo rpg ocidental, o primeiro tinha sido Silver lá no Windows 98. Fable me arrancou lágrimas, sorrisos e gargalhadas de vilão. Era uma época diferente em que você podia chutar galinhas no meio da rua sem que todo vilarejo viesse atrás de você. Tanto as missões principais, quanto secundárias eram envolventes e fascinantes. A questão da moralidade no gameplay onde você podia definir se seria um paladino incapaz de qualquer maldade ou um completo vilão não medindo suas ações para conseguir alcançar seus objetivos e como essas escolhas afetavam o mundo ao seu redor e o próprio personagem era fantástico pra época e possivelmente até hoje. Os combates, tendo um personagem multi classe, mas perfeitamente justificado na história, aliás, que história.
Ver seu personagem crescer e ajudá-lo na sua aventura, desde pequeno até a idade adulta e ver tudo ao redor se ajustando, muito divertido (alguém disse chutar galinhas?), ambicioso e bem executado.
Terceiro

A Rare soltou uma bomba na época dos 16 bits, chamava-se Donkey Kong. Bomba pois, depois de seu lançamento os desenvolvedores se puseram a pensar se estavam no caminho certo nos games de plataforma. Dito isso, Shiguerão (Shigeru Miyamoto) produziu essa pérola. Com o desafio de trabalhar num jogo de plataforma 2D após o lançamento do belíssimo Donkey com sprites renderizados em 3d se deslocando em 2d, clássica progressão lateral. Não só a equipe de Shigeru entregou um jogo lindo, mas digo aqui lindíssimo com uma arte que até hoje poucos conseguiram igualar.
Além de todo o primor técnico/artístico desse jogo, devo salientar que foi meu primeiro jogo de Snes e na época foi quando o vi na caixa (um bundle que vinha com o jogo e dois controles) na loja que me decidi pelo Super Nintendo, pois até então era apaixonado com o Mega Drive e seus After Burner e Rambo 4 da vida. Não sei quantas vezes me peguei parado, só admirando o jogo, ouvindo aquela música fantástica que, só de lembrar, já me faz os olhinhos transpirarem.
Segundo

Então veio o jogo que pediu licença pra obra prima da Nintendo e ficou por muito tempo no lugar mais alto do meu coração gamer. A internet é uma rede de pessoas, pessoas fazem as coisas acontecerem, pessoas movem grandes histórias e essas "pessoas" da foto acima me conquistaram. Fã de ficção, fã de rpg e amante de boas histórias, não tinha como não gostar.
Num universo inspirado no melhor que há em sci fi, com uma jornada épica, uma missão impossível e o melhor time, com os melhores da galáxia, encarnei Shepard para que vocês pudessem estar aqui hoje, sem se preocupar com os Reapers. Devo mencionar aqui, que a dona Bioware sempre me foi muito querida e Dragon Age já esteve muitas vezes nesse top, mas creio que a obra máxima da produtora é o segundo jogo, o combate nem é tão bom quanto o do terceiro, os gráficos em alguns aspectos são até feios, mas esses sujeitos da foto, se tornaram importantes pra mim, amigos, fiéis, companheiros, interessantes, únicos, o trabalho que deve ter dado pra fazer a personalidade de cada um e as situações na trama que os levaram até o jogador ou o jogador até eles é notável, admirável. Primeiro RPG que joguei mais de 3 vezes (sem contar quantas vezes refiz a suicide mission pra salvar todo mundo), e pra ser sincero, não sei quantas vezes já joguei e pra eu esquecer, já devem ter passado de 10.
Primeiro

Mas quem poderia destronar Mass Effect 2, e me fazer dar sossego aos meus amiguinhos do espaço? Claro, novos amiguinhos.
Novamente um rpg, só que agora, com combate por turnos e um ambiente que até então só tinha provado em The Sims, um simulador de vida. Sim, você tem uma missão importante, uma urgência a ser resolvida, mas você também tem que estudar, gerir suas relações no colégio e fora dele, tem que trabalhar, dentre tantas outras atividades prosaicas e corriqueiras que na vida real não são tão legais (estou falando explicitamente da escola, kkk). A trilha desse jogo é fantástica, muito bem executada e pros fãs de jpop é uma boa pedida até para festas. De fato o trabalho com a trilha sonora nesse jogo é tão soberbo que no japão há shows de Persona, coisa fina e sempre presente no meu celular também. A turma que acompanha o protagonista até o desfecho (há vários finais possíveis) é maravilhosa, cada um com sua personalidade cravejada de detalhes e todos muito carismáticos (queria muito uma irmã como a Nanako). As batalhas tem um bom desafio e em geral são bem recompensadoras, e o elemento pokemon do jogo, que consiste em colecionar personas (que são como invocações de FF), a variedade dessas e a forma como a escolha de quais personas você irá usar diversificam monstruosamente o gameplay. Me emocionei muito no final do jogo, parti pro anime, assisti muitos vídeos de shows e estou partindo pro mangá e não vejo a hora de por minhas mãos em Persona 5. Se você tem um Ps Vita ou um Ps2 e gosta de Jrpg não deixe de dar uma chance a esse jogo "fantabulástico".
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