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Jumangi - Toca Guns and Roses aí

  • Foto do escritor: Silézio Luiz
    Silézio Luiz
  • 22 de jan. de 2018
  • 5 min de leitura

Todo mundo tem seus amores incondicionais. Aquelas obras que todo mundo acha que você superestima ou não entendem o porque de você gostar tanto. No meu caso, é Zathura Uma aventura espacial. Mas o que isso tem a ver com Jumangi? Especialmente com esse de 2018. Sigam-me e veremos. Ah propósito "olar"!

Chris Van Allsburg é um autor e ilustrador norte americano, responsável pelos livros Jumanji e Zathura (ah por isso os filmes se parecem tanto). Então sim, não são filmes dentro do mesmo universo, sequências ou coisa do tipo, mas partem da mesma imaginação e são visões diferentes sobre uma mesma narrativa, de crescimento. Lembro com muito carinho da época em que saiu Jumangi e alguns anos depois Zathura, e minha turminha ainda no início da internet orkutiana ficava confabulando teorias sobre qual seria o terceiro filme com jogos de tabuleiro.

Sou grande fã de jogos de tabuleiro, embora não jogue muito pela demanda de tempo e pessoas que se faz por parte desse tipo de jogo. E também gosto muito, muito mesmo de filmes de aventura. Então é muito fácil eu gostar desse tipo de filme. Entre Zathura e o Jumanji original, Zathura é disparado o meu favorito, mesmo Jumanji sendo legal e contando com Robin Willians. Assim, quando foi anunciado esse novo Jumanji, coloquei na minha lista em especial porque tento assistir o máximo de filmes do The Rock possível, afinal, é o The Rock. E claro, ascendi no meu coração a centelha da esperança de um novo Zathura, até mesmo por não saber o que esperar de um Jumanji que não seria mais com um tabuleiro. Então, entrei no cinema.

Uma sequência

O filme é uma sequência sim, não direta, mas se inicia em 1996, um ano após os eventos do primeiro. E o tabuleiro está lá, pra nos causar um arrepio de nostalgia e nos provocar um sorriso de conforto e felicidade. Sim, estamos entre amigos.

Narrativa

Sendo o tabuleiro um artefato místico, ele "procura" por seus jogadores, então nada mais justo que um personagem quando seja presenteado com o jogo de tabuleiro indaga quem ainda joga isso, o tabuleiro se transmigre num cartucho de videogame (é 1996). Daí o primeiro elemento clássico da narrativa de Chris Van Allsburg, o adulto preso no jogo, o que também auxilia na inserção das regras na história. Um pouco depois o resto do grupo é transportado pra dentro do jogo e todos tem que lutar para terminar o jogo para poderem voltar para o mundo real, contando com o auxílio uns dos outros, utilizando-se de suas fortalezas e respeitando suas fraquezas. Ah, claro devem derrotar um vilão/chefão sinistro e com um número limitado de vidas, afinal é um videogame.

Tele jogo

Aqui o roteiro brilha, e brilha muito ao usar os recursos de videogames clássicos da época para não só justificar todos os seus clichês, como soluções mágicas típicas de filmes de aventura, reviravoltas, bem como os estereótipos dos personagens e ainda fazer uma divertida crítica em cima disso tudo. Tem sátira aos Tomb Raiders na figura da personagem de Karen Gillan (que eu descobri que é a Nebula de Guardiões da Galáxia)...

... então, mundo que segue. The Rock é a critica clara aos heróis testosteronizados tanto de filmes de ação quanto de videogames. E por falar em The Rock e Karen Gillan

Personagens

De início, bate uma sensação Clube dos Cinco bem típica e bem gostosa ao ver os jovens na escola, antes de irem para o jogo, o nerd tímido, o atleta, a patricinha instagramer e a nerdzinha tímida meio revoltadinha. Eles escolhem seus avatares para jogar o videogame e ao serem jogados dentro dele, são representados por avatares que não só falam sobre a personalidade deles como vão ajudá-los a crescer como pessoa. O nerd tímido mas habilidoso com jogos é o líder destemido e forte, por mais inseguro que se sinta por dentro, a menina nerd que não conhece a própria sensualidade e vive insegura está na pele de uma exploradora sexy e habilidosa, a patricinha alheia ao mundo é a responsável pela localização e está presa num corpo masculino a fazendo ver o mundo por outra perspectiva que não seja a de uma selfie e o excelente, atleta forte e alto preso num corpo fraco e baixo, tendo que aprender ser alguém com quem se pode contar ao invés de sempre contar com os outros para fazer suas coisas e tentando trabalhar as limitações de seu avatar em conjunto com seu ego. Além do já mencionado adulto perdido no jogo, que não é bem um adulto, que não vou falar muito aqui para não dar spoilers. Ah, importante, o tempo de tela é muito bem distribuído pra todo mundo.

Cooperativo

Adoro jogos cooperativos, são muito mais a minha praia em vista aos jogos competitivos. E Jumangi traz muito aquela sensação de que estamos vendo um Metal Slug com um amigo no sofá. É muito boa a construção dos personagens para que o grupo não consiga ir adiante se não cooperarem entre si e isso tudo só ajuda ainda mais no crescimento dos personagens.

A selva

A parte visual do filme é boa, a trilha sonora também e fica fácil se sentir imerso especialmente com uma tela grande, embora alguns modelos de computação gráfica não sejam os mais convincentes, ainda é lindo (e muito nostálgico) ver um bando de rinocerontes ou hipopótamos atravessando a tela.

Veredito

Qualquer um dos pontos que poderiam ser ditos como negativos, como os clichês presentes na obra se justificam em sua premissa de sátira aos filmes de aventura e aos videogames. Tudo é muito bem feito, com bom timing, bem dirigido e atuado, incluindo o Jack Black que tenho certa dificuldade de engolir está fantástico. Muita gente vai chiar que o The Rock parece um robô no filme mas um, não espero The Rock interpretando como se fosse uma peça de Sheakspeare num filme de ação e aventura, e dois que é o extremamente condizente com seu personagem. Mesmo o personagem de Karen faz algumas poses bem Lara Croft em Tomb Raider II. Sem pecar no excesso de piadas, com todas elas muito bem acertadas e escritas, nos momentos certos (estou falando com vocês Guardiões 2 e Thor Ragnarok) o filme é divertido sem ser uma escatologia adolescente descerebrada e atinge em cheio seu público alvo. Prato cheio para fãs, muito indicado para família e se for pra tirar algum ponto da obra seria só de alguns, realmente um ou outro, modelos digitais. Palmas!

 

Jumanji Bem Vindo à Selva

Direção: Jake Kasdan

Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers, Scott Rosenberg, Jeff Pinkner

Baseado em Jumanji de Chris Van Allsburg

Elenco: Dwayne Johnson (The Rock), Kevin Hart, Jack Black, Karen Gillan, Nick Jonas

 

Post Scriptum: Saí do cinema querendo um novo Zathura, muito, muito, muito. Mais Zathura por favor.

Post Scriptum2: Estávamos confabulando eu e Lili (oi Lili) que me acompanhou na sessão sobre a beleza de Karen Gillan e a foto do imdb da moça é essa...

... e meu Deus, como a Escócia tem umas fôrmas boas hein!

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