Batman - "Master race 4k"
- Silézio Luiz
- 22 de nov. de 2017
- 4 min de leitura
Tchananananana! Batmaaannnn! "Olar"! Em ritmo de Liga da Justiça nos cinemas, que eu vi duas vezes e gostei bastante e talvez um dia eu discorra sobre aqui, vem a minha opinião acerca de Cavaleiro das Trevas III A Raça Superior. Lançado no Brasil em 9 edições pela Panini Comics.
O Morcego
Situada após os eventos de Cavaleiro das Trevas II (Duuuuhhhh) a obra segue a trajetória do Batman e sua patota na melhor idade, alguns deles, os que envelhecem pelo menos, e no caso específico do Batman, os que sobrevivem.
Essa história gira bem menos em torno do Homem Morcego do que as anteriores, pois agora quase que desde o início a "treta" é muito grande para ele dar conta sozinho. Assim, o "morcegomem" se vê obrigado a ir buscar auxílio de seu parça azulão, vulgo, Superman. E se o Batman de Frank Miller continua o de sempre que todo mundo adora, e agora ainda mais limitado do que antes e a "Robin" tem um destaque interessante, o "último" filho de Kripton dá uma melhorada monstra em relação ao que era originalmente em Cavaleiro das Trevas, embora ainda continue meio bobo, aqui ele realmente parece um super homem. A propósito, parece que a tocha de tosco, babaca da vez vai pra filha dele. A comissária de polícia continua não tendo o peso que um comissário Gordon teria, o que deixa os humanos sem poderes muito em segundo plano, excetuando-se a Robin/Batgirl/Batwoman. Até mesmo os "Batboys" tem mais a oferecer.
A Rainha das Amazonas (sim, Diana já é Rainha aqui) de Frank Miller não me agrada, nunca, seja no traço das artes do Frank ou no texto, felizmente pelo menos a arte aqui dá uma melhorada pois não é o vovô Miller que desenha a parte contínua das obras, mas falaremos disso adiante. A Mulher Maravilha em A Raça Superior é a criatura mais desacreditada da humanidade que já vi, e isso é decepcionante pois leva a crer que ela perde o duelo consigo mesma que trava desde sempre por estar diversas vezes no limiar de defender a justiça ou apenas se abster. Ela só está lá, isolada e só aparece na história por dois motivos, por ser a mãe da filha do supinho e porque a filha do supinho é babaca e acaba gerando uma situação na ilha das amazonas.
Narrativa
Se por um lado Frank Miller não manja como desenhar a Mulher Maravilha (conforme imagem abaixo), e talvez, você fã (também sou) pode ficar doído com isso, não saiba de fato desenhar, ele manja da escrita.
Mais uma vez, por mais que não faça nada de diferente em estrutura do que já havia sido feito em Cavaleiro das Trevas I e II, é esse mais do mesmo com alguns updates que faz valer a leitura da obra ( e alguma capas, especialmente do Jim Lee e Capulo). Todo o lance da mídia acompanhando os meta-humanos continua lá, só que agora atualizado, internet amigos. A trama apresenta uns certos seres que não vou dizer quem são nem onde ficaram "guardados" todo esse tempo para não dar spoilers, mas é uma raça muito poderosa (dependendo de onde estiver na galáxia) que se rebela sob a tutela de um fanático religioso e decide fazer os terráqueos se ajoelharem perante eles e os reconhecerem como seus deuses. Cabe ao Batman fazer o Super cair na real e sair da fossa em que se colocou depois de Cavaleiro das Trevas II e tentar bolar algo para parar essa ameaça, se quebrando ainda mais no caminho. Não é a obra máxima de Miller, mas tirando um Deus Ex Machina pra lá de batido da DC que é usado no final, em nenhum momento você terá dificuldade de ler, li as nove revistas de bate pronto, até porque não são muito volumosas. Pelo preço de capa, é mais do que justo e compensa bastante procurar pelas capas variantes de cada edição.
Visual
Como não é desenhada pelo Frank, estamos salvos de algumas aberrações que o mestre infelizmente vem cometendo, talvez pela idade. Isso também possibilitou a finalização da obra em um tempo menor. Pra quem admira o traço de Frank em Cavaleiro das Trevas, fique feliz pois o estilo dele foi respeitado, feitas algumas adaptações para, creio eu, trazer o traço da obra para a atualidade junto com o texto. Todavia em alguns momentos o desenhista, que não me lembro o nome agora e não vou pesquisar (rsrs) parece indeciso se coloca mais o próprio traço ou emula o de Miller. Nada que diminua a obra, mas é claramente perceptível.
Veredito
A certeza que vale a sua atenção é absoluta, cabe ao amigo leitor apenas decidir se corre atrás das nove edições e seus tie-ins (vem umas mini revistas dentro de cada edição que ainda não li, então falo mais pra frente) ou se espera um encadernado bonitão de edição definitiva.
Disponibilidade: 9 edições nas bancas e livrarias (pode haver indisponibilidade).
Preço: Entre R$ 7,90 e R$ 10,00 conforme a edição.
Post scriptum: Não resisti e tive que fazer "referenza" aos pc gamers com 4k no título. Abraço pra todo mundo que tem "pczão do sucesso master race 4k no ultra"
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