Life ost - Seether
- Silézio Luiz
- 14 de nov. de 2017
- 3 min de leitura
Olá! Como vai a família? Tudo em cima? Sim, ainda não sei começar os textos, especialmente quando é algo novo. No caso, vai ser o primeiro texto sobre música, pra vocês não acharem que só vejo anime, embora isso tenha preenchido boa parte do meu tempo de lazer ultimamente. O que significa que ainda não vejo muito pois afinal o que é tempo de lazer não é mesmo?

Esse ano saiu o álbum da minha banda favorita, embora eu não a reconheça como a melhor das que ouço, mas é a que tenho mais amorzinho por. Seether, originalmente se chamava Saron Gas, e sim é uma banda sul africana. É amiguinhos nem tudo vem da terra do Tio Sam. O coelhinho sinistro ali em cima é da capa do álbum, Poison the Parish, que não é o título mais adequado se você for cristão de alguma espécie, especificamente católico.
De início fiquei na dúvida se falava da banda como um todo, ou do álbum, por ser o mais recente (primeiro semestre de 2017). Mas acaba que se torna tudo uma coisa só.
Digo isso porque diferente das bandas do mesmo gênero que escuto (post grunge nu metal), que são poucas, o grupo Seether não demonstra fazer esforços pra fazer músicas famosinhas, aquelas que quando compramos (quem ainda compra) cd´s vem no adesivinho, destacadas. Seether não tem aqueles hits pelos quais deveria ser conhecida, músicas na "bilboard" ou o que o valha.
98% das pessoas que conheço, sabem da existência da banda por conta do relacionamento do vocalista Shaun Morgan com Amy Lee do Evanescence, o que faz com que já tenham ouvido Broken, seja a versão dela, dos dois juntos ou só do Seether.
O que me faz gostar da banda, e está muito claro nesse último álbum é a consistência. O álbum é homogêneo de cima a baixo, claro que tem suas músicas de destaque, mas não ocorre coisas comuns com outras bandas que ouço de ter uma música extraordinária numa ponta do cd e uma abaixo de medíocre na outra ponta, que parece que foi colocada lá pra tampar um buraco. Se você gostar de uma música, provavelmente vai gostar de todas.
O meu álbum favorito é o Finding Beauty in Negative Spaces, mas o ritual de dar o play na primeira faixa de um "disco" e ir até o final se repete em todos eles, mesmo em ep´s.
E se o som não me traz a mente nenhum solo ou nenhuma passagem que me faça sentir um deleite absurdo como os solos do Kirk Hammet (Metallica) que acho um guitarrista bem subestimado, eu acabei decorando cada acorde das obras da banda, já sabendo na primeira nota de qual música se trata e é claro sabendo a letra da imensa maioria. Letras que por sinal não são repetitivas mas orbitam temáticas muito similares, bem intimistas dependendo da fase da vida em que você está. Nenhum amor impossível, só amores que dão errado, nenhum niilismo absoluto, só aquela "chateação" de ser cobrado em excesso por quem não te conhece bem (embora as vezes fique a impressão que nosso amiguinho Shaun é uma bruxa fugindo da inquisição, mas né, rock, "dorgas", stuff), nenhuma solução milagrosa pra problemas, só um otimismo sincero. Só os sentimentos do cara comum, que faz suas merdas, tenta arrumar, ou não, as vezes acerta, muitas vezes tá triste, certas vezes tá animado pronto pra superar toda merda que o grande macaco da vida taca em sua direção.
Embora muitas vezes pareça cover do Nirvana, é também claramente diferente, constante, e meio como o vinho, vai ficando melhorzinho a cada ano.
Recomendo forte e enfaticamente, especialmente se você é daqueles que não curte altos e baixos (deve ter uma forma melhor de expressar isso, mas nem sou crítico de música mesmo, rsrsrs).
Disponibilidade: Spotfy/Deezer/Tidal e nas melhores (não sei se são as melhores, mas você sabe, onde você compra seus cd´s) lojas.
Faixas: 12
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