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Shigatsu wa kimi no uso - Como a vida, entre Chopin e Tchaikovsky

  • Foto do escritor: Silézio Luiz
    Silézio Luiz
  • 16 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Parabéns pra mim, nessa data querida. Hoje é meu aniversário, embora eu esteja falando do passado. E nessa data especial venho discorrer aqui sobre a obra mais cativante que experienciei recentemente, Shigatsu wa kimi no uso, que em inglês ficou como Your Lie in April, esse anime que me desidratou e conquistou. Sem mais delongas let´s go!

Música

Parece uma obra sobre música, mas a música por maior que seja, por mais que ecoe, ressoe e se eternize veio de alguma pessoa, e é por pessoas que as músicas são o que são e é de pessoas que elas vem. E como é para pessoas que elas vão, podemos dizer que a obra é um drama musical, não um musical como da brodway e não um drama de Shakespeare. É menos trágico que os dramas do autor renomado (que não é autor daquele texto de auto ajuda do palhaço, por favor gente, o cara viveu de escrever obra em que geral se fode e ia escrever auto ajuda? rsrsrs), mas não menos triste e a música dá o tom, seja nas faixas dos compositores clássicos ou nas composições originais feitas especialmente para o anime.

Sou apreciador de música clássica e erudita já faz um bom tempo, desde novo quando tinha bastante cabelo. E isso me trouxe até a obra, estava zapeando no Crucnhyroll escolhendo se via um anime de ação ou o de culinária (tem anime de tudo atualmente) ou mesmo talvez achasse uma boa história de dark fantasy. A arte da capa desse anime me chamou a atenção e lendo a sinopse vi que se tratava da história de um pianista e isso bastou pra começar. Fui totalmente arrebatado, tal qual uma fera amansada por uma melodia, a cada capítulo meus ouvidos se deliciaram mais e mais. A cada novo compositor que o protagonista Arima Kōsei se propõe a tocar, é ampliado o nível de complexidade e mudada a relação do pianista com o ambiente a sua volta, e como numa boa peça clássica, obedecendo aos atos, o crescendo, e se misturando aos sentimentos de todos e, às estações do ano.

Beleza

O espetáculo não ocorre somente para os ouvidos, a obra se apoia no passar das estações e nos sentimentos comuns a cada quarto do ano, casando tudo com a música. No momento é provavelmente o anime mais belo que já vi, embora tenha alguns traços no rosto dos personagens que eu tenha demorado a me acostumar, é uma obra riquíssima em cenário, fluidez de movimentos e fotografia. Há mesmo os momentos de computação gráfica que não foram jogados para esbanjar tecnologia, eles também são lindíssimos como todo o resto e bem pensados. Houve certas cenas que não sei se fiquei emocionado com a história ou fui simplesmente comovido pela beleza do que via.

Composição

O plot que move a história é o reencontro do pianista Arima com suas motivações, considerado um prodígio ele deixou de tocar quando perdeu sua mãe, no entanto ao se apaixonar por uma violinista e ela tenta fazer com que ele volte para a música, afinal eles são musicistas. A história desse anime tem uma toada interessante, deixando algumas coisas quase que estabelecidas para depois te mostrar que nem tudo, ou todos são o que parecem. A situação do protagonista nos leva a pensar, será que somos justos quando julgamos a nós mesmos?

Quantas vez não nos subestimamos ou superestimamos e ignoramos que influenciamos as vidas a nossa volta? E o quanto deixamos ou devemos deixar as vidas a nossa volta nos influenciarem?

Veredito

Muitíssimo intimista, apaixonante e delicado, fica difícil falar além dos aspectos técnicos magníficos da obra sem dar spoilers e realmente não quero tirar do amigo leitor o prazer de se emocionar com essa história, mas adianto que mesmo tendo uma certa previsibilidade de fatos, como esses fatos vão se desdobrar e se vão realmente acontecer só é respondido no final.

Assista mais de uma vez se a choradeira permitir.

 

Disponibilidade: Crunchyroll (14/11/17)

Episódios: 12

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